ONU pede milhões <br>por drama iraquiano

A assistência humanitária às mais recentes vítimas e deslocados de guerra no Iraque exigem da parte da «comunidade internacional» uma ajuda de 861 milhões de dólares (794 milhões de euros), calculam as Nações Unidas. A ONU estima que, nos últimos dois anos, cerca de 3,3 milhões de iraquianos tenham sido forçados a abandonar os respectivos lares em resultado da ocupação do território por parte do denominado Estado Islâmico (EI). A estes, juntam-se cerca de um quarto de milhão de sírios que, pela mesma razão, procuraram refúgio no Iraque, adverte a organização.

A prioridade é fornecer a esta imensa massa humana, sujeita a todo o tipo de violências e carências, somente «o que precisa para sobreviver: alimentos, dinheiro, abrigos e água», disse, em conferência de imprensa realizada em Bagdad, a coordenadora humanitária da ONU no Iraque.

À situação criada pela guerra, pese embora as autoridades do Iraque garantam que reconquistaram já 40 por cento do território que havia sido ocupado pelo EI, Lise Grande acrescenta as dificuldades orçamentais do executivo iraquiano para proporcionar à população os géneros mais básicos. «O Governo não tem soluções porque o preço do petróleo é muito baixo», justificou.

A responsável prevê que, no total, sejam «11, 12 ou até 13 milhões» o número de iraquianos que poderão precisar de ajuda de emergência até ao final de 2016. Isto porque a tentativa de reconquista de importantes posições do EI, incluindo a cidade de Mossul e área adjacente, perspectiva o agravamento da situação.

Entretanto, confirmando serem justas as preocupações da ONU sobre a intensificação da guerra no país, bem como sobre o aprofundamento das suas consequências, os aliados dos EUA na coligação que chamam de «anti-terrorista (a qual desde 2014 bombardeia o Iraque, sobretudo, mas também a Síria), decidiram «acelerar a luta» contra o EI.

Reunidos sob a batuta de Washington, em Roma, Itália, ministros de 23 países anunciaram que vão reforçar a acção militar conjunta no Iraque e na Síria. Embora sem adiantarem iniciativas concretas, expressaram também preocupação pelo suposto alastramento da influência e acção do EI na Líbia e África subsaariana.




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